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Jornada da Fertilização In Vitro: Entenda a FIV Processo Passo a Passo

Postado por Dra. Paula Vieira

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Jornada da Fertilização In Vitro

A Fertilização In Vitro (FIV) é um processo avançado de reprodução assistida que tem ajudado milhões de casais ao redor do mundo a superar diversos desafios de fertilidade e realizar o sonho de ter filhos. A jornada da FIV é complexa e envolve várias etapas, cada uma com seus desafios, decisões e emoções. No post de hoje, a Dra. Paula Vieira compartilhará um guia detalhado sobre o processo de FIV, desde a decisão inicial até o teste de gravidez. Vamos descobrir?

1. Consulta Inicial e Avaliação

A jornada da Fertilização In Vitro (FIV) inicia-se com uma etapa crucial: a consulta inicial e avaliação. Este primeiro contato é essencial para definir um plano de tratamento personalizado e entender profundamente as causas da infertilidade do casal. Importante destacar que os pacientes têm a opção de realizar essa consulta tanto de forma presencial quanto virtual, facilitando o acesso para aqueles que residem longe da clínica ou no exterior.

Consulta Inicial Flexível

Para acomodar as necessidades de todos os pacientes, independentemente de sua localização, muitas clínicas de fertilidade oferecem consultas tanto presenciais quanto à distância. As consultas virtuais permitem que pacientes de qualquer parte do Brasil ou do mundo conversem com especialistas em fertilidade sem necessidade de viagens, reduzindo custos e tempo de deslocamento.

Processo da Consulta Inicial e Avaliação

Agendamento e Preparação

O agendamento da consulta pode ser feito online ou por telefone. Antes da consulta, a clínica pode solicitar o preenchimento de formulários detalhados sobre o histórico médico e reprodutivo, bem como o envio de exames anteriores relacionados à saúde reprodutiva.

Realização da Consulta

Durante a consulta, seja ela virtual ou presencial, o especialista revisará o histórico médico e reprodutivo, discutirá exames anteriores e esclarecerá dúvidas. Este é também o momento para explicar as opções de tratamento disponíveis, os procedimentos envolvidos, os possíveis resultados e os próximos passos.

Exames Diagnósticos

Independentemente da forma da consulta inicial, os exames físicos e diagnósticos necessitam ser realizados presencialmente. O médico solicitará uma série de exames, que podem ser realizados em laboratórios locais, e os resultados serão enviados à clínica para análise detalhada.

Discussão dos Resultados

Uma consulta de acompanhamento, que pode ser virtual ou presencial, será agendada para discutir os resultados dos exames. Com base nestes, o especialista recomendará o melhor protocolo de tratamento, adaptado às necessidades específicas do casal.

Planejamento do Tratamento FIV

Com todos os dados em mãos, o especialista elaborará um plano detalhado de tratamento, incluindo cronograma de medicação, logística para coleta de óvulos e esperma, e transferência de embriões. Para pacientes de outras cidades ou países, a clínica pode oferecer assistência com acomodação e transporte para as visitas presenciais necessárias.

Com o suporte contínuo da nossa equipe de especialistas em fertilidade, os tentantes podem sentir-se seguros e bem informados durante todo o processo.

2. Estimulação Ovariana

A etapa de estimulação ovariana é fundamental na jornada da Fertilização In Vitro (FIV) e é projetada para maximizar as chances de sucesso do tratamento, incentivando a produção de múltiplos óvulos de boa qualidade. Este processo é cuidadosamente controlado e ajustado de acordo com a resposta individual de cada paciente. Vamos explorar detalhadamente como ocorre a estimulação ovariana:

Protocolos de Estimulação Ovariana

A estimulação ovariana começa tipicamente no segundo ou terceiro dia do ciclo menstrual da mulher, dependendo do protocolo específico adotado pelo centro de fertilidade. Existem diferentes tipos de protocolos de estimulação, cada um adequado a diferentes necessidades clínicas:

  • Protocolo de Ciclo Longo (Agnóstico): Geralmente começa com o uso de medicamentos que suprimem a produção natural de hormônios (agonistas do GnRH), seguido por medicamentos estimulantes. Esse método ajuda a evitar a ovulação precoce e a sincronizar o crescimento dos folículos.

  • Protocolo Antagonista: Este protocolo não envolve supressão inicial e começa diretamente com a estimulação dos ovários. Os antagonistas do GnRH são introduzidos mais tarde no ciclo para prevenir a liberação prematura dos óvulos.

  • Protocolo de Ciclo Natural Modificado: Utiliza-se uma quantidade mínima de drogas estimulantes, buscando um desenvolvimento mais natural e potencialmente menos óvulos, ideal para mulheres que podem ter risco de síndrome de hiperestimulação ovariana.

Medicamentos Utilizados na Estimulação Ovariana

Os medicamentos mais comuns usados na estimulação ovariana incluem:

  • FSH recombinante e LH (Hormônio Folículo-Estimulante e Hormônio Luteinizante): São hormônios injetáveis que estimulam diretamente os ovários a produzir múltiplos folículos.

  • HCG (Gonadotrofina Coriônica Humana): Frequentemente usado para imitar o LH e induzir a maturação final dos óvulos antes da coleta.

Monitoramento Durante a Estimulação

O monitoramento é uma parte essencial do processo de estimulação ovariana. Este monitoramento inclui:

  • Ultrassonografias Transvaginais: Realizadas frequentemente para avaliar o crescimento e o desenvolvimento dos folículos nos ovários. Isso permite que os médicos ajustem as doses de medicamentos conforme necessário e determinem o melhor momento para a coleta de óvulos.

  • Exames de Sangue: Verificam os níveis de hormônios como estradiol, que ajudam a avaliar a resposta ovariana aos medicamentos estimulantes.

Considerações e Riscos da Estimulação Ovariana

Embora a estimulação ovariana seja geralmente segura, ela carrega alguns riscos, como a síndrome de hiperestimulação ovariana (SHO), que ocorre quando os ovários respondem de forma excessiva aos hormônios e crescem muito grandes, podendo causar desconforto, inchaço e, raramente, complicações mais graves.

3. Coleta de Óvulos e Esperma

A fase de coleta de óvulos e esperma é um momento importante na jornada da Fertilização In Vitro (FIV), envolvendo procedimentos precisos para garantir que gametas de alta qualidade sejam obtidos para a fertilização. Vamos detalhar cada aspecto deste processo.

Coleta de Óvulos

Preparação

Antes do procedimento de coleta de óvulos, a mulher recebe instruções específicas, como jejum de algumas horas, dependendo do protocolo anestésico utilizado. Geralmente, é administrada uma injeção final de hCG ou outro tipo de medicação para induzir a maturação final dos óvulos cerca de 36 horas antes da coleta.

Procedimento

A coleta de óvulos é realizada em um ambiente clínico sob sedação leve ou anestesia local, garantindo que a mulher esteja confortável e com o mínimo de desconforto possível. Um transdutor de ultrassom transvaginal com uma agulha acoplada é inserido na vagina para localizar os folículos ovarianos. A agulha é usada para aspirar delicadamente os fluidos foliculares que contêm os óvulos. Este processo é monitorado em tempo real através do ultrassom.

A técnica requer precisão para evitar danos aos óvulos e minimizar o risco para a paciente. Embora o procedimento geralmente dure entre 20 e 30 minutos, o tempo pode variar dependendo da quantidade de folículos a serem aspirados.

Pós-Procedimento

Após a coleta, a mulher permanece em observação enquanto o efeito da sedação passa. É normal experimentar leve desconforto ou cólicas após o procedimento, mas complicações sérias são raras. A paciente geralmente pode voltar para casa algumas horas após a coleta e é aconselhada a descansar no restante do dia.

Coleta de Esperma

Preparação

A coleta de esperma geralmente é programada para coincidir com a coleta de óvulos. O homem pode ser instruído a abster-se de ejaculação por um período de 2 a 5 dias antes da coleta para maximizar a qualidade e quantidade do esperma.

Procedimento

O esperma é geralmente coletado por masturbação em uma sala privada da clínica. Este método é rápido e não invasivo. O sêmen coletado é então analisado em laboratório para avaliar a quantidade, motilidade e morfologia dos espermatozoides. Em casos onde a contagem de espermatozoides é muito baixa, ou há problemas com a motilidade ou morfologia, técnicas adicionais, como recuperação espermática diretamente dos testículos (TESA, TESE), podem ser necessárias.

Pós-Procedimento

Não há período de recuperação necessário para a coleta de esperma, e o homem pode retomar suas atividades normais imediatamente após o procedimento.

Considerações Adicionais

Ambos os procedimentos, especialmente a coleta de óvulos, são etapas críticas que requerem habilidades técnicas elevadas e cuidados médicos especializados. Eles são geralmente seguros, mas como com qualquer procedimento médico, existem riscos envolvidos que devem ser discutidos com o especialista em fertilidade antes de prosseguir.

Esta fase é seguida pela fertilização dos óvulos em laboratório, onde os óvulos e espermatozoides coletados são combinados para formar embriões, marcando o próximo passo na jornada da FIV.

 

4. Fertilização e Desenvolvimento Embrionário

Após a coleta de óvulos e esperma, a próxima etapa crítica na jornada da Fertilização In Vitro (FIV) é a fertilização e o desenvolvimento embrionário. Esta fase ocorre em um ambiente laboratorial controlado, onde embriologistas especializados manipulam e observam a fertilização e o crescimento inicial dos embriões. Vamos explorar com mais detalhes os processos envolvidos.

Métodos de Fertilização

Fertilização Convencional

Neste método tradicional, os óvulos coletados são colocados em uma placa de cultura junto com milhares de espermatozoides. Os espermatozoides nadam em direção ao óvulo e tentam penetrar a camada externa para fertilizá-lo. Esta técnica é eficaz para muitos casais, mas depende de uma boa qualidade e quantidade de espermatozoides.

Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides (ICSI)

Utilizado principalmente quando há problemas significativos de fertilidade, como baixa motilidade ou contagem de espermatozoides, ou após falhas de fertilização em ciclos anteriores de FIV. Neste procedimento, um único espermatozoide é cuidadosamente selecionado e injetado diretamente no citoplasma do óvulo usando uma micropipeta. ICSI aumenta as chances de fertilização ao eliminar as barreiras naturais que podem impedir que os espermatozoides fertilizem o óvulo.

Desenvolvimento Embrionário

Após a fertilização, os óvulos são considerados embriões e são transferidos para incubadoras que mimetizam as condições do corpo humano, mantendo a temperatura, umidade e atmosfera ideais para o desenvolvimento embrionário. Os embriões são geralmente cultivados no laboratório por 3 a 5 dias, passando pelos estágios de clivagem e blastocisto:

  • Dia 1 (Fertilização): Verifica-se a presença de dois pró-núcleos, indicando que a fertilização ocorreu.

  • Dia 2-3 (Clivagem): O embrião começa a dividir-se, atingindo o estágio de 4 a 8 células.

  • Dia 5-6 (Blastocisto): Os embriões mais desenvolvidos alcançam o estágio de blastocisto, onde formam uma estrutura com uma cavidade interna e um grupo de células que se tornará o embrião.

Avaliação e Seleção de Embriões

Durante o desenvolvimento, os embriões são regularmente avaliados para determinar sua qualidade. Os critérios incluem taxa de divisão, aparência das células e ausência de fragmentação. Embriologistas utilizam essas informações para selecionar os melhores embriões para transferência ou congelamento.

Opções Adicionais Durante a Fase Embrionária

  • PGD/PGS (Diagnóstico Genético Pré-Implantação/Screening Genético Pré-Implantação): Para casais com riscos de transmitir doenças genéticas específicas ou para melhorar as taxas de sucesso da FIV, pode-se realizar testes genéticos nos embriões. Esses testes são feitos antes da transferência para o útero, ajudando a garantir que apenas embriões saudáveis sejam escolhidos.

 

5. Transferência de Embriões

A transferência de embriões é a etapa que marca o momento em que os embriões desenvolvidos são cuidadosamente colocados de volta no útero da mulher, na esperança de que se implantem e resultem em uma gravidez. Este procedimento, embora técnico, é geralmente rápido e causa mínimo desconforto.

Preparação para a Transferência de Embriões

Antes da transferência, a mulher geralmente passa por uma preparação hormonal para otimizar o revestimento uterino, tornando-o mais receptivo à implantação do embrião. Isso pode envolver a administração de estrogênio e progesterona para simular as condições ideais do ciclo menstrual.

Seleção de Embriões

Os embriões são avaliados e selecionados com base em sua qualidade, que inclui fatores como a taxa de crescimento, morfologia e, às vezes, resultados de diagnósticos genéticos. A decisão sobre quantos embriões transferir depende de várias variáveis:

  • Idade da Mulher: Mulheres mais jovens geralmente têm embriões de melhor qualidade, o que pode reduzir a necessidade de transferir múltiplos embriões.

  • Qualidade dos Embriões: Embriões de alta qualidade têm maior chance de implantação, permitindo que menos sejam transferidos.

  • Leis Locais e Diretrizes Éticas: Em muitos lugares, há regulamentos que limitam o número de embriões que podem ser transferidos de uma só vez para evitar gravidezes de alto risco, como gestações múltiplas.

  • Histórico Reprodutivo: O histórico anterior de tentativas de FIV da mulher e as taxas de sucesso também influenciam essa decisão.

Procedimento de Transferência de Embriões

A transferência de embriões geralmente é feita em um ambiente clínico, mas não requer anestesia, já que é minimamente invasiva e causa desconforto comparável a um exame pélvico regular. O procedimento é descrito abaixo:

  1. Preparação: A mulher pode precisar de uma bexiga parcialmente cheia, o que ajuda a visualizar melhor o útero através de ultrassonografia, facilitando a transferência.

  2. Processo de Transferência: O embrião ou embriões são carregados em um cateter fino e flexível, que é cuidadosamente guiado através do colo do útero até alcançar o interior do útero. Um ultrassom pode ser usado para guiar o médico durante a transferência para garantir que os embriões sejam colocados no local ideal.

  3. Liberação dos Embriões: Uma vez que o cateter alcança o local ideal dentro do útero, os embriões são suavemente liberados. Após a retirada do cateter, os embriões devem se implantar no revestimento uterino nos dias seguintes.

Pós-Procedimento

Após a transferência, a mulher é geralmente aconselhada a descansar brevemente antes de voltar para casa. As atividades normais podem ser retomadas rapidamente, mas recomenda-se evitar esforços intensos ou estresse. A progesterona continua sendo administrada para sustentar o revestimento uterino e apoiar a implantação inicial.

A transferência de embriões é uma fase cheia de esperança e expectativa para muitos casais. A precisão técnica combinada com a preparação cuidadosa visa maximizar as chances de sucesso, trazendo-os um passo mais perto de realizar seu desejo de ter um filho.

6. Teste de Gravidez

Cerca de duas semanas após a transferência dos embriões, um teste de sangue é realizado para medir os níveis do hormônio hCG (gonadotrofina coriônica humana), que indica se ocorreu a gravidez. Se positivo, acompanhamento adicional, incluindo ultrassonografias, será feito para monitorar a saúde da gravidez.

A jornada da FIV pode ser emocionalmente desafiadora. Muitos casais experimentam uma montanha-russa de emoções, desde esperança até ansiedade e medo do fracasso.

Reconhecendo a complexidade emocional envolvida na jornada da FIV, a Dra. Paula Vieira e sua equipe dedicam-se a fornecer um suporte abrangente a cada passo do processo. Com profunda expertise em reprodução humana, estamos preparados para oferecer não apenas tratamentos médicos excepcionais, mas também o cuidado emocional necessário para navegar por essa jornada desafiadora.

Se você está considerando a FIV, convidamos você a agendar uma consulta com a Dra. Paula Vieira. Junte-se a nós para receber o apoio, orientação e cuidados especializados que você merece para tornar seu sonho de formar uma família uma realidade.

IMPORTANTE: Somente médicos devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. Agende uma consulta para maiores informações.

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